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sábado, 12 de agosto de 2017

Meu pai


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Meu pai

Enrolava o fumo de corda
Num pedaço de papel ou palha,
 E ao acendê-lo, uma labareda lhe clareava a face,
Depois aspirava fundo pra soltar no ar em um segundo,
Fumaças dançantes fugindo em busca do céu,
Desaparecendo no ar

Depois deixava o olhar
Perder-se em devaneios,
Vagava entremeio a recordações,
Ora doces saudades enroladas como bombons,
Saboreadas ao som do radio em cima da mesa,
Melodias que não lhe davam tristeza,
Mas que lhe faziam sorrir o coração.

E nos bons tempos de nossa meninice
Junto ao fogão
Contava-nos causos, de sua vida,
De sua imaginação, de sua juventude,
De suas paixões, até dos seus sonhos de então,
E quando falava de assombração,
Aconchegávamos mais ao seu lado,
 Pra nos sentir abraçados pela sua proteção.

Autor
Carlos Marcos Faustino
28/09/2014-Domingo -23h50m


Um comentário:

  1. Antonio Carlos Coutinho Lindo demais meu pai sempre que chegava da roça aí em Quintana fazia seu cigarrinho de palha que saudades obrigado amigo pelas coisas lindas que escreve
    13 agosto de 2017 às 20:33

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